quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Análise de sotfwares usados para automação de unidades de informação

Alguns requisitos que devem ser avaliados:
  • Funcionalidade: analisa a capacidade do software de fornecer funções as quais satisfazem as necessidades quando usado para automação de bibliotecas. Neste requisito foram avaliados aspectos referentes a:
    • Adequação (realiza aquilo a que se propõe)
    • Tecnologia - Atende às funções básicas de um biblioteca/centro de documentação?
    • Seleção, aquisição e catalogação
    • Circulação
    • Recuperação da informação
    • Processo gerencial
    • Acurácia
    • Interoperabilidade (permite interação com outros sistemas)
    • Conformidade (está de acordo com normas, leis, etc.)
    • Segurança de acesso (evita acesso não autorizado a programas e dados?)
  • Confiabilidade: avalia a capacidade de um software de manter seu nível de perfomance. Os aspectos avaliados foram:
    • Maturidade
    • Tolerância a falhas
    • Recuperabilidade
  • Usabilidade: demonstra a capacidade que um software possui em relação ao entendimento, aprendizagem e satisfação do usuário sob determinadas condições. Avalia aspectos referentes a facilidade de uso:
    • Inteligibilidade
    • Apreensabilidade
    • Operacionalidade
  • Eficiência: avalia a capacidade do software de proporcionar o nível de desempenho exigido, referente a quantidade de recursos usados sob determinadas condições:
    • Tempo
  • Manutenibilidade: avalia a capacidade que o software possui de ser modificado. Modificações estas que incluem correções, aperfeiçoamentos ou adaptações do software devido a mudanças de ambiente em solicitações e especificações funcionais:
    • Analisabilidade
    • Modificabilidade
    • Estabilidade
  • Portabilidade - avalia a capacidade do software de ser transferido de um ambiente para outro:
    • Adaptabilidade
    • Instalação
    • Conformidade
PADRÕES BIBLIOGRÁFICOS E NORMAS INTERNACIONAIS
A adoção de padrões e protocolos internacionais específicos à área, observando as facilidades de compartilhamento de dados e o intercâmbio de informações, são características consideradas indispensáveis aos softwares com vistas à automação das bibliotecas universitárias e a sua integração a BDD(1). Foram observados:
Formato MARC (Machine Readable Cataloguing) - Conjunto de padrões para identificar, armazenar e comunicar informações bibliográficas em formato legível por máquina. Devido a uma estrutura de registro complexa, o formato MARC possui flexibilidade de uso de diversos tipos de materiais tornando-os compatíveis entre sistemas automatizados. O formato foi designado para descrever cinco tipos de dados: Bibliográfico, Coleções, Autoridade, Classificação e Informação à Comunidade.
ISO 2709 - A norma ISO 2709 - Documentation Format for Bibliographic Interchange on Magnetic Tape foi desenvolvida pelo Comitê Técnico ISO/TC 46, Informação e Documentação, Subcomitê SC 4, Aplicativos de computador na informação e documentação, da International Organization for Standardization (ISO). Esta norma especifica os requisitos para o formato de intercâmbio de registros bibliográficos que descrevem todas as formas de documentos sujeitos à descrição bibliográfica. Não define a extensão do conteúdo de documentos individuais e nem designa significado algum para os parágrafos, indicadores ou identificadores, sendo essas especificações as funções dos formatos de implementação. A ISO se preocupa em apresentar uma estrutura generalizada, ou seja, um arcabouço projetado especialmente para a comunicação entre sistemas de processamento de dados, e não para uso como formato de processamento dentro dos sistemas(2).
Protocolo OAI-PMH - Open Archives Iniciative Protocol for Metadata Harvesting. Protocolo modelo de interoperabilidade baseado no processo de coleta automática de metadados (metadata harvesting). Este protocolo opera sobre o protocolo http.
Protocolo Z39.50 - Proposto inicialmente, em 1984, para ser utilizado com informações bibliográficas pela National Information Standard Organization (Niso) e aprovado em 1995, é utilizado para a recuperação de informação bibliográfica de computador para computador, possibilitando ao usuário de um sistema pesquisar e recuperar informações de outro sistema, ambos implementados neste padrão. Especifica formatos e procedimentos administrando a troca de mensagens entre um cliente e um servidor, habilitando o cliente a solicitar que o servidor consulte um banco de dados, identifique registros e recupere um ou todos os dados identificados. Destina-se à comunicação entre aplicações para recuperação de informações, e não promove a interação entre o cliente e o usuário.
UNICODE - É um sistema de codificação que estabelece um único número para cada caracter, não importa a plataforma, não importa o programa, não importa a língua.
XML (eXtensible Markup Language) - Linguagem de descrição documental para utilização na Internet. O XML é um subconjunto da linguagem SGML, especificamente para ser usado na Web, com uma estrutura e validação de dados mais sofisticada do que o HTML.
 
 
Este artigo e da autoria do Dr. Horacio Zimba

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Licenciatura em Ciência da Informação na Universidade Eduardo Mondlane já e uma realidade

Licenciatura em Ciência da Informação na Universidade Eduardo Mondlane já e uma realidade

 A Sociedade da informação define-se como a etapa do desenvolvimento da sociedade que e caracteriza pela abundância de informação organizada. O espaço de produção desta sociedade e principalmente o conjunto de meios que e, antes de tudo, um conjunto de informações cientificas, tecnológicas, comerciais, financeiras difundidas de forma interactiva e rápida.
 A informação e conhecimento, são hoje elementos centrais e fulcrais e norteadores de importantes transformações económicas, politicas e sociais que vêm surgindo desde séculos. Nesta medida , o profissional da informação, entre os quais encontram-se o Bibliotecário e o Arquivista, e hoje aquele que faz a manipulação, tratamento, articulação tecnológica da informação. Diante de um grande défice dos profissionais da informação em Moçambique, foi criado em 2009 o curso superior em ciência da informação em Moçambique a ser ministrado na maior e mais antiga universidade do pais, UEM.

O Curso tem como objectivo:

  • Formar profissionais para a gestão e organização da informação em qualquer contexto organizacional;
  • Estimular e dinamizar a investigação na área da Ciência da Informação;
  • Capacitar o estudante a seleccionar, adquirir, disseminar e transferir a informação com eficácia.
Perfil do profissional

Com o curso, procura-se formar profissionais aptos a:
  • A fazer a analise orgânico e funcional da organização
  • Administra os fluxos de informação, com o intuito de disseminar informações relevantes para a tomada de decisões;
  • Desenvolver actividades como empreendedor na área de documentação e informação;
  • Acompanhar os avanços científicos e tecnológicos, participando em projectos de investigação;
  • Gerir os serviços e recursos em redes de sistemas de informação de qualquer tipologia dentre outras actividades.
Saídas profissionais do Licenciado em Ciência da Informação
O Licenciado em Ciência da Informação, designado genericamente por Profissional da informação ou Gestor da informação, esta habilitado a exercer profissionalmente funções de:
  • Administrador de Dados;
  • Analista de informação;
  • Arquivista;
  • Bibliotecário;
  • Consultor em informação;
  • ''Cientista da informação''
  • Documentalista;
  • Gestor de informação ou gestor de conteúdos, nomeadamente na Net;
  • Gestor de Recursos de informação;
  • Gestor de sistemas de informação e pode receber a designação,
  • Técnico superior de serviços de documentação e informação.
Podem concorrer a este curso na Universidade Eduardo Mondlane todo o individuo que reúne as condições exigidas para o ingresso no ensino superior bastando para isso inscrever-se para os exames de admissão nas disciplinas de Português e Historia ou Português e Matemática.